O nível de atividade da construção, como verificado nos últimos três meses, voltou a recuar em fevereiro. No entanto, a queda foi menos intensa tanto em relação à registrada em janeiro quanto à média para o período.
Na avaliação da economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, o nível de atividade está melhor do que no mês de janeiro e está mais próximo da linha divisória que separa recuo e avanço de atividades, apesar de ainda estar inferior a 50 pontos, o que evidencia, na opinião dos empresários do setor, queda de atividade.
O mesmo aconteceu com o nível de emprego. A utilização da capacidade operacional permanece relativamente elevada, o que demonstra que o setor segue resiliente. Em março, os índices de confiança e de expectativas em geral mostraram alguma acomodação. Todos mostraram recuo em relação ao mês anterior, mas não revertem as fortes altas de fevereiro.
Os dados constam na Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta segunda-feira, dia 20 de março, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da CBIC.
Segundo Vasconcelos, as expectativas permanecem positivas, mas não estão avançando. Registraram uma acomodação em relação ao mês anterior. “Os empresários demonstram que seguem confiantes, mas sabem dos desafios de 2023 como trabalhar com as elevadas taxas de juros”, disse.
De acordo com a pesquisa, todos os índices se mantêm acima de 50 pontos, revelando que os empresários da construção seguem confiantes e otimistas, com expectativas de crescimento do nível de atividade, do lançamento de novos empreendimentos e serviços, das compras de matérias-primas e do número de empregados. A intenção de investir segue relativamente elevada.
A pesquisa foi realizada no período de 1º a 9 de março junto a 357 empresas do setor da construção, sendo 142 pequenas, 143 médias e 72 grandes.