A taxa Selic foi mantida hoje (26/10), por decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em 13,75% ao ano. Alguns fatores ajudam a explicar esse resultado. Mas, sem dúvidas, a menor pressão inflacionária é uma delas.
Há três meses consecutivos (julho, agosto e setembro) os resultados do IPCA, que é o indicador oficial da inflação no País, são negativos.
Em julho (-0,68%), agosto (-0,36%) e setembro (-0,29%), a redução do preço dos combustíveis contribuiu especialmente para esses resultados. O IPCA acumulou de janeiro a setembro de 2022, alta de 4,09% e nos últimos 12 meses 7,17%.
A expectativa é de que o referido indicador encerre o ano em 5,60%. Há poucos meses, conforme destaca a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, chegou-se a projetar alta de 9% para a inflação brasileira neste ano.
O ciclo de redução da Selic deverá acontecer no início do segundo semestre de 2023, finalizando o ano em 11,25%.
Vale destacar que a economia nacional, mesmo diante de uma taxa de juros tão elevada, surpreendeu positivamente.
“Mas taxas de juros nesse patamar conseguem restringir o incremento da atividade econômica. Por isso, para o próximo ano, as projeções indicam crescimento menor do que 2022”, frisou Vasconcelos.