Enquanto a economia nacional registrou relativa estabilidade (queda de -0,1%) no 2º trimestre de 2021, em relação aos três primeiros meses do ano, e frustrou as expectativas dos analistas de mercado, que aguardavam alta de até 0,2%, a Construção Civil mostrou resiliência e cresceu 2,7%, conforme resultados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta quarta-feira (01/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde o 3º trimestre de 2020, o setor vem apresentando números positivos, demonstrando uma retomada consistente, e que certamente está contribuindo para a economia nacional enfrentar a crise que se instalou em função da pandemia.
No 2º trimestre de 2021, se comparado ao mesmo período do ano passado, o setor cresceu 13,1%. “De abril a junho de 2020, em função do maior impacto da pandemia da Covid-19, a construção apresentou queda de 13,6%. Portanto, a base de comparação está muito deprimida”, ressalta a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.
A economista destaca que a última estimativa da CBIC para o resultado final do PIB da Construção Civil, em 2021, indicava alta de 4%. “Com os números divulgados pelo IBGE e com os dados mais recentes do mercado de trabalho formal, mostrando uma retomada consistente do setor, a entidade poderá revisar essa estimativa para maior”, menciona.
No entanto, Vasconcelos salienta que a construção segue preocupada com os aumentos expressivos dos seus custos, que há 13 meses consecutivos vem inibindo um avanço ainda maior de suas atividades. “Caso o setor não estivesse enfrentando esse problema, certamente o seu crescimento seria ainda mais robusto”, diz.
A iniciativa integra o projeto ‘Banco de Dados da Construção – BDC’, realizado pela CBIC em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).