As dificuldades impostas pelo desabastecimento e pelo aumento de preços dos insumos, aliadas à evolução da pandemia e às medidas de restrição à circulação, contribuíram para a queda de confiança do empresário da indústria da construção em fevereiro. A constatação é da Sondagem Indústria da Construção de fevereiro, divulgada nesta quarta-feira (24/03) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Como consequência, o levantamento também indica retração no nível de atividades e de empregos, se comparado ao mês de janeiro, e quedas na confiança do empresário e no índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços. “O empresário do setor da construção mantém otimismo com menor intensidade”, destaca a economista do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos.
Apesar da fragilização, a utilização da capacidade operacional se encontra no patamar mais elevado desde 2014, na comparação com o mesmo mês de anos anteriores. A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) se manteve em 61%, na mesma situação em que se encontrava em janeiro e 1 ponto percentual a mais em relação a fevereiro de 2020.
A pesquisa foi realizada de 1º a 11 de março junto a 415 empresas do setor da construção, sendo 141 de pequeno porte, 182 de médio e 92 de grande porte.