O Diretor Executivo de Habitação Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Matheus Neves Sinibaldi, trouxe para a reunião da Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), realizada na quinta-feira (14), em Brasília, a notícia que, em relação ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), existe uma sinalização positiva do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) de fechar o ano com a regularização dos atrasos para a faixa 1 do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV).
“Já recebemos R$ 3,5 bilhões referentes à medição das obras do FAR e já estamos dando continuidade às contratações. Esse é um recurso que já está dentro da árvore orçamentária da Caixa e que vai dar fôlego ao setor”, destacou.
Em sua apresentação, Sinibalbi afirmou que a Caixa pediu uma suplementação ao MDR para o orçamento FGTS. “Se a Caixa conseguir a suplementação de R$ 4,6 bilhões, a peça orçamentária de 2019 vai fechar com a mesma contratação do ano passado, o que é um avanço para o setor.”
Apresentou também a disponibilidade do orçamento por região, mostrando que os percentuais são bastante próximos. “Com esse percentual definido conseguimos, de acordo com a demanda, propor ajustes para que os estados com recursos escassos possam ser suplementados durante o ano. A gente sempre tem essa preocupação, além de fazermos projeções.”
Avaliação de risco
Sinibaldi falou sobre avaliações de risco, mostrando não haver grandes diferenças em relação ao percentual de aprovação e condicionamento entre regiões. “Não existe grandes diferenças no índice aprovado, condicionado e reprovado, por região, nas avaliações de risco realizadas pelo banco. Tanto que o percentual Brasil está em 15%, tanto no FGTS quanto no MCMV”, destacou.
Números globais
Sinibaldi também firmou o compromisso de tentar abrir o valor exato necessário para as 8922 obras com pagamentos atrasados e destacou que outras 7894 obras já estão no processo de tratativas para fazer o distrato.
Carlos Henrique Passos, presidente da CHIS/CBIC, afirmou que esses são os dados que o setor precisa para ir ao governo federal de forma assertiva, e destacou a importância desses números. “Esses dados são valiosos para o setor. A partir do momento que a gente tiver o número correto em mãos, podemos batalhar exatamente pelo que o setor precisa, sem pedir mais ou menos aporte financeiro”, disse Passos.
De acordo com Sinibaldi, a Caixa está realizando links semanais e acompanhando os distratos. “Vamos firmar o compromisso de levar a sugestão para a Caixa de o dono do terreno começar a participar dessa fase inicial do acordo, tentando até a última possibilidade de solução”, afirmou.
Por fim, o Diretor Executivo Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Alexandre Cordeiro, destacou que os grupos de trabalho da Caixa em parceria com a CHIS ajudam muito nas soluções das demandas recebidas do setor. “A informação precisa ser melhor trabalhada dentro da Caixa, por isso focamos em algumas premissas como garantir critérios justos por regionalidade e correção dos dados atendendo aos critérios estabelecidos”, finalizou Cordeiro.