O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 1,8 ponto em maio, para 80,7 pontos, o menor nível desde setembro de 2018 (80,4 pontos), revela a Sondagem da Construção da Fundação Getulio Vargas (FGV). Na avaliação da coordenadora de projetos da Construção da FGV/IBRE (Instituto Brasileiro de Economia), Ana Maria Castelo, o resultado do desânimo observado pelos empresários da Construção é fruto da conjunção de baixo crescimento, contingenciamento de recursos orçamentários e aumento das incertezas.
“A percepção vigente na virada do ano, de que havia uma melhora lenta, mas contínua no ambiente de negócios, dá lugar a um pessimismo, cada vez mais disseminado entre os segmentos do setor. Em maio, o aumento do pessimismo afetou especialmente a área de edificações residenciais e de obras viárias”, destaca Ana Castelo.
Com a queda do ICST em maio, o índice continua sem registrar alta neste ano, e acumula perda de 4,7 pontos nos cinco primeiros meses do ano. O resultado do ICST foi influenciado principalmente pelo Índice de Expectativas (IE-CST), que recuou 3,0 pontos, a maior queda na margem desde agosto do ano passado (-3,2 pontos). O índice ficou em 89,4 pontos, influenciado por indicador de demanda prevista, que caiu 2,7 pontos, para 89,4 pontos e indicador de tendência dos negócios, que cedeu 3,3 pontos, para 89,5 pontos.
O Índice de Situação Atual (ISA-CST) recuou 0,6 ponto em maio, para 72,4 pontos. O resultado negativo do ISA-CST foi exclusivamente influenciado pelo indicador que mede o grau de satisfação com a situação atual dos negócios, que retraiu 1,4 ponto, retornando ao nível próximo de setembro de 2018 (74,1 pontos).
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor ficou relativamente estável, ao variar +0,1% ponto percentual, para 66,3% em maio. Tanto o NUCI para Máquinas e Equipamentos quanto o NUCI para Mão de Obra também ficaram estáveis, com variação idêntica à do NUCI agregado.
A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 22 de maio junto a 563 empresas.