Novas leis do setor, a situação do crédito e os maiores desafios para o futuro do setor. Estes serão alguns dos assuntos em pauta durante o 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção, que ocorre de 15 a 17 de maio, no Rio de Janeiro. Os temas fazem parte da programação da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) – promovedora do evento. Ao todo, serão quatro painéis, com a participação de diversos especialistas da área.
O primeiro painel será realizado em conjunto com a Comissão de Meio Ambiente da CBIC, em 16 de maio, e tratará sobre a lei geral de licenciamento ambiental, em tramitação no Congresso Nacional. Além de representantes do Poder Judiciário e especialista no assunto, também participarão do debate representantes da Comissão de Meio Ambiente e do Conselho Jurídico da CBIC. “A responsabilidade pelo licenciamento ambiental ainda é muito difusa no país. A ideia da lei é dar um marco regulatório para a sociedade que deixe a questão mais clara”, ressalta o presidente da CII, Celso Petrucci, sobre a importância do assunto.
No mesmo dia, um segundo painel abordará a lei de resolução de contratos no mercado imobiliário — conhecida como “lei dos distratos” —, em vigor desde o fim do ano passado. “Por ser uma lei recente, ainda existem muitas dúvidas sobre como será aplicada em cada instância judicial. A ideia é ir dando alguns passos para clarear a situação”, comenta Petrucci.
Em 17 de maio, o primeiro debate terá foco nas perspectivas do crédito para o mercado imobiliário. “Nenhum país do mundo tem um mercado dinâmico se não tiver um crédito dinâmico, com taxas de juros e prazos adequados. O objetivo é mostrar a importância disso”, diz Petrucci.
Estarão presentes representantes da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip), que farão um balanço do setor, além de apresentar proposta de um novo serviço para facilitar o acompanhamento de recebíveis por parte de empresas e credores.
Finalmente, o último painel focará no futuro do setor, e como ele poderá ser afetado pela evolução tecnologias e as mudanças nos hábitos da população. “Queremos discutir como será a sociedade daqui a 10, 15, 20 anos e ver como o mercado imobiliário pode se apropriar das ferramentas mais modernas para enfrentar as novas realidades do consumo”, resume Petrucci.
O programa de trabalho da CII e Comissão de Habitações de Interesse Social (CHIS) no 91º ENIC conta com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).