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Estudo nacional divulgado pela CBIC indica que setor deve manter-se estável em 2017
 
28.11.2017   
Notícia - Sinduscon
As expectativas para o mercado imobiliário, em 2018, são positivas. No entanto, para serem confirmadas, vão depender da retomada do financiamento e de maior segurança jurídica, com o restabelecimento das garantias de que os contratos serão respeitados. “Atualmente, existe um grande número de imóveis sendo devolvidos às construtoras e isso tem dificultado novos lançamentos, uma vez que as empresas terminam suas obras sem conseguir pagar aos bancos credores”, afirmou José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), hoje pela manhã, em São Paulo, durante apresentação dos resultados do estudo Indicadores Imobiliários Nacionais referentes ao terceiro trimestre. O estudo é uma iniciativa da CBIC, em correalização com o Senai Nacional. Segundo ele, a demanda por habitação aumenta em função do crescimento e comportamento da população. “No entanto, são as questões macroeconômicas que vão determinar o momento da aquisição do imóvel. E elas precisam melhorar.”

Segundo o estudo apresentado, as vendas, entretanto, caíram 5,1% e lançamentos diminuíram 11% em comparação com o segundo trimestre de 2017. Esta tendência vem se mantendo ao longo do ano. De janeiro a setembro de 2017, as vendas em unidades registram leve queda de 1,5% em relação ao acumulado do ano anterior, enquanto que os lançamentos imobiliários, por sua vez, recuaram 8,6%. Quanto considerado o desempenho do setor em 2016, os dados do terceiro trimestre de 2017 apontam uma melhora de cenário em relação ao igual período de 2016. Tanto as vendas quanto os lançamentos cresceram 4,2% e 14,7%, respectivamente.

Na avaliação do economista Celso Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC, responsável pelo estudo, em um cenário com maior volume de lançamentos, as vendas de 2017 já teriam superado as de 2016. A redução de oferta final (estoque e lançamentos) de unidades no terceiro trimestre foi de 3,8% em relação ao período anterior. Essas quedas de oferta disponível têm sido apuradas em todos os trimestres avaliados. O estudo da CBIC apurou ainda que as vendas no terceiro trimestre deste ano superaram os lançamentos em 5.202 unidades, número que representa 26% das unidades vendidas. A maior procura (55% das vendas) está nas unidades com dois dormitórios.

RECUPERAÇÃO LENTA – O terceiro trimestre de 2017 contou com o lançamento de 15.593 unidades residenciais verticais. Uma queda de 12,2% com relação ao segundo trimestre de 2017, mas um aumento de 4,1% com relação ao terceiro trimestre de 2016, considerando o total geral. No entanto, a período apresentou desempenho inferior à média histórica dos seis trimestres anteriores.

As vendas no terceiro trimestre totalizaram 21.074 unidades residenciais, uma queda aproximada de 7,4% em relação ao trimestre anterior. Nota-se que a queda em lançamentos veio acompanhada da redução das vendas. No entanto, o cenário é de recuperação do mercado, pois tanto os lançamentos como as vendas cresceram em relação ao mesmo período do ano anterior.

O desempenho das regiões, contudo, tem sido desigual. Na comparação do terceiro trimestre de 2017 contra o terceiro trimestre de 2016, 12 regiões aumentaram lançamentos e 7 regiões reduziram os lançamentos. Na mesma comparação, houve crescimento em vendas em 9 regiões e queda em 8 regiões. Tudo isso sinaliza que não se pode generalizar o desempenho de todas as regiões, conquanto os resultados agregados tenham sido melhores que no mesmo trimestre de 2016.

O estudo Indicadores Imobiliários Nacionais é uma iniciativa da CBIC para acompanhar o desempenho do mercado imobiliário brasileiro, com vistas a oferecer um panorama nacional do setor. Desencadeado em 2015, em correalização com o Senai Nacional, o estudo traz como avanço a criação de uma metodologia única para a coleta de amostras e compilação de resultados, permitindo a comparação periódica e garantindo mais consistência aos dados. A primeira rodada foi publicada em maio de 2017. Com esse estudo, a entidade apresenta um termômetro do setor, para que empresas privadas e entes públicos possam tomar melhores decisões e antever tendências.
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