Posicionamento da Findes
Nesta quarta-feira (18), o governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), publicou no Diário Oficial do Espírito Santo, o decreto de “estado de alerta devido à escassez de água no Espírito Santo” estabelecendo novas diretrizes para o uso dos recursos hídricos.
O texto prevê que a prioridade do uso da água no Estado é para o consumo humano e de animais, assim como determinado na Política Nacional de Recursos Hídricos. E determina redução do volume diário em: 20% para a agricultura, 25% para a indústrias e agroindústrias e 35% para outros usos.
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) entende a gravidade da questão hídrica no Estado e, não por acaso, além do setor ser o que menos consome água, também vem reduzindo o seu uso nas últimas duas décadas.
Em 2004 a indústria representava 9,8% do consumo do ES e em 2014 o indicador caiu para 4,2%. Neste ano, a indústria estadual deve utilizar apenas 3,8% do volume. Já no Brasil, o setor representará 10,8% do consumo em 2024. Os dados são da Agência Nacional de Águas (ANA) e fazem parte do estudo de Usos Consuntivos de Água (retirada e consumo para as diversas finalidades).
Os números acima refletem o compromisso das indústrias locais e nacionais com o uso eficiente da água, reforçando a relevância do tema em suas estratégias. Diversas empresas do setor, de micro a grandes, já adotam práticas voltadas à economia e ao reúso da água. Segmentos como construção, celulose e papel, mineração, siderurgia, confecções, rochas ornamentais, transformação e alimentos vêm implementando políticas sustentáveis para a redução do consumo e uso de fontes alternativas de água, como a dessalinização, captação em poços tubulares, dentre outras.
A Findes segue incentivando a adoção de práticas sustentáveis e tecnologias voltadas para a gestão eficiente dos recursos naturais, contribuindo para reduzir custos e reforçando o compromisso do setor com o meio ambiente. E, afirma que continuará monitorando e mantendo diálogo constante com o Governo do Estado e com os industriais capixabas sobre o tema.
Paulo Baraona Presidente da Federação das Indústrias do ES
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