No último dia do 98º ENIC | Engenharia & Negócios, um dos temas de destaque foi o papel da Inteligência Artificial (IA) na engenharia e na construção, abordado no painel “O uso da inteligência artificial na engenharia e na construção”. O 98º Encontro Nacional da Indústria da Construção é realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), dentro da FEICON, com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi).
O evento ainda tem o patrocínio do Banco Oficial do ENIC e da FEICON, a Caixa Econômica Federal, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (CREA-SP), Mútua, Sebrae Nacional, Housi, Senior, Brain, Tecverde, Softplan, Construcode, TUYA, Mtrix, Brick Up, Informakon, Predialize, ConstructIn, e Pasi.
A Inteligência Artificial (IA) está revolucionando o setor da construção e engenharia, trazendo uma série de benefícios e oportunidades para as empresas que adotam essa tecnologia. Desde a concepção do projeto até a execução e manutenção, a IA está sendo aplicada em diversas áreas para melhorar a eficiência, reduzir custos e aumentar a segurança.
Uma das principais áreas em que a IA está sendo utilizada é na análise de dados. Grandes volumes de dados são gerados em projetos, e a IA pode ser usada para processar e analisar esses dados de forma rápida e eficiente. Isso permite que as empresas identifiquem padrões, façam previsões e tomem decisões mais informadas para otimizar o desempenho dos projetos.
Cláudio Kawa Hermolin, presidente do Sinduscon-RIO, mediador do debate, enfatizou a transformação que a IA está trazendo para o setor, destacando a importância do tratamento de base de dados e as oportunidades que surgem ao utilizar a IA para tirar proveito desses dados.
Além disso, a IA está sendo aplicada em sistemas de gestão de obras para monitorar o progresso em tempo real, identificar potenciais problemas e sugerir soluções para aumentar a produtividade e evitar atrasos. Esses sistemas também podem ser integrados com dispositivos para coletar dados em tempo real de equipamentos e máquinas, permitindo uma manutenção preditiva e reduzindo o tempo de inatividade.
O CEO da Brickup, Rafael Souza, compartilhou insights sobre como a IA pode oferecer uma gestão de obra mais eficiente, ressaltando a necessidade de acompanhar em tempo real o que está acontecendo nas obras e empresas.
“O setor da construção gera uma grande quantidade de dados, os quais podem ser utilizados não apenas para aumentar a produtividade, mas também para promover a saúde e segurança dos colaboradores”, relatou o CEO.
Segundo Luís Felipe Veloso, COO na Morada.ai, a IA tem potencial para impulsionar as vendas, podendo tornar os canteiros mais eficientes e ágeis. Veloso ressaltou que “a IA pode ser uma aliada na melhoria do atendimento ao cliente e na entrega de serviços de qualidade em um mundo onde a velocidade e a eficiência são cada vez mais valorizadas”, disse.
Léo Gasparini, CEO da CUB, abordou as eficiências que a IA pode proporcionar em todas as etapas do processo de construção, desde o retorno de projetos até a redução de custos e economia de tempo. Gasparini destacou a importância do autosserviço e da agilidade, ressaltando como a IA pode ajudar as empresas a otimizar seus processos e alcançar melhores resultados.
O debate evidenciou os avanços e potenciais dessa tecnologia para transformar e aprimorar o setor, desde a gestão de obras até o atendimento ao cliente e a eficiência operacional.