Com a presença do vice-presidente da República, senador eleito Hamilton Mourão, e de representantes do ecossistema da construção e de autoridades, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) abriu nesta quarta-feira (07/12), em formato híbrido, a 95ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção, com a apresentação das propostas do setor para a retomada da economia, geração de emprego e desenvolvimento sustentável aos Poderes Executivo e Legislativo. Presencialmente no Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília, o evento conta com transmissão online pela plataforma do encontro.
Primeiro evento presencial da CBIC após a pandemia da Covid-19, o 95º ENIC marcou o início de um trabalho que vem sendo realizado por 13 entidades da cadeia produtiva da construção em busca de alcançar o espaço que merece dentro do contexto da economia e da sociedade. Do grupo, estiveram presentes na abertura do encontro:
Geraldo Defalco, presidente da Anamaco
José Domingos Seixas, presidente da Abravidro
Lucien Belmonte, presidente da Abividro
Rodrigo Navarro, presidente da Abramat
Iria Doniak, presidente da ABCIC
Alberto Cordeiro, presidente da Afeal
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, destacou que o setor da construção aprendeu a se reinventar, inovar e crescer na adversidade. “Saímos de 2 milhões de trabalhadores com carteira assinada e fomos para 2,5 milhões. Crescemos 25% nos dois anos de crise sanitária”, frisou, lembrando que em março de 2020 ninguém sabia como seria o mês de abril.
Ao mencionar o momento de transição política pelo qual passa o Brasil, ressaltou que a indústria da construção precisa estar inserida no processo de evolução e que não é possível que a construção continue com 2,6% do PIB, quando nos EUA é de cerca de 7%. “Há uma janela de oportunidades para o setor da construção alcançar. Estamos organizados, temos um grupo muito coeso, buscando o bem comum, buscando a união, buscando o que é melhor para todo mundo”, disse Martins.
Como mensagem, enfatizou que o setor precisa ocupar o espaço que lhe é devido. “Temos que gerar empregos, ser competitivos, inovar e ser sustentáveis para fazer uma construção muito maior do que é hoje”, completou.
O vice-presidente Hamilton Mourão destacou a indústria da construção como um dos motores do desenvolvimento do Brasil, com papel fundamental na retomada do emprego e do crescimento da economia no período pós-pandemia.
Citou que ao longo do governo Bolsonaro, houve uma busca incessante pela conformação de um novo ambiente de negócios no país que proporcionasse segurança e estabilidade para quem investe, trabalha e produz possa realizar suas atividades.
“A construção civil demonstrou nos últimos anos uma elevada capacidade de expansão em um ambiente econômico mais eficiente e competitivo. O setor tem crescido acima da economia nacional e foi responsável pela criação de mais de 430 mil vagas de trabalho entre março de 2020 e maio deste ano, segundo a CBIC”, disse, mencionando que esse é o melhor resultado em termos de geração de empregos desde o ano de 2012.
Segundo Mourão, a luta contra a deterioração das contas públicas e a baixa produtividade é tarefa também do novo governo, que assume em 1º de janeiro. “O ajuste das contas públicas realizado pelo nosso governo restabeleceu a confiança na estabilidade macroeconômica do Brasil e conferiu à demanda e aos investimentos externos papel de maior relevo para a retomada do crescimento. Vamos terminar este ano, pela primeira vez, desde 2013, com um superávit em nossas contas”, afirmou.
Durante o evento, o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro, entregou ao vice-presidente Hamilton Mourão o livro da entidade sobre a história do varejo de material da construção que, em seguida, reforçou que a cadeia produtiva, por meio do Construa Brasil, está estruturando estrategicamente o setor da construção para ser devidamente reconhecido e visto como um dos principais pilares da retomada econômica do país.
Dentre as novidades desta edição, o ENIC conta com o selo carbono neutro, com o compromisso de zerar todas as emissões de gases de efeito estufa durante o evento e compensar as emissões restantes com crédito certificado de redução validado pela ONU, contribuindo com um meio ambiente mais saudável e sustentável.