O déficit habitacional no Brasil passou de 5,657 milhões, em 2016, para 5,877 milhões, em 2019. O déficit habitacional relativo foi de 8% em 2019. Os dados foram divulgados pela Fundação João Pinheiro (FJP) e constam no estudo ‘Déficit Habitacional e Inadequação de Moradias no Brasil’.
Contratado pela Secretaria Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, o trabalho contempla informações de 2016 a 2019. “Em virtude de mudanças metodológicas, os dados atuais não podem ser comparados com os divulgados até o ano de 2018, que informam resultados até 2015”, destaca a economista do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos.
De acordo com o estudo da FJP, o déficit habitacional total corresponde a soma de cinco subcomponentes:
Domicílios rústicos
Domicílios improvisados
Unidades domésticas conviventes déficit
Domicílios identificados como cômodo
Domicílios identificados com ônus excessivo de aluguel urbano.
O estudo constatou aumento da participação das mulheres como responsáveis pelos domicílios característicos do déficit. “Esse é um dado importante, porque pode possibilitar novas análises para a formulação de políticas públicas direcionadas à solução do problema”, ressalta Vasconcelos.
O trabalho da FJP também apresenta informações sobre a inadequação de domicílios urbanos. No total, 14,257 milhões possuem carência de infraestrutura urbana e 11,246 milhões de moradias possuem carências edilícias. Portanto, o total de domicílios inadequados no País corresponde a 24,894 milhões.
A ação integra o projeto ‘Banco de Dados da Construção – BDC’, realizado pela CBIC em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).