O Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) se reuniu virtualmente ontem, quarta-feira (9), para tratar de importantes assuntos de interesse da indústria da construção e do mercado imobiliário como o aumento dos preços de materiais na construção e a realização do 92º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC).
De acordo com o presidente da CBIC, José Carlos Martins, o ENIC tem uma grande capacidade de aproximar as pessoas, que é o que a CBIC defende fortemente como entidade. “Para sermos representativos e sustentáveis temos que atender as demandas das empresas, falar das dores delas. Por isso a temática foi construída focando no dia a dia dessas empresas. Em breve a programação oficial completa será divulgada, mas serão 50 palestras no total, com a novidade que a íntegra do evento ficará disponível por 30 dias, para os interessados consumirem o maior número de assuntos possível”, explicou.
A meta, segundo Martins, é alcançar 10 mil pessoas no evento online, e para isso convocou as entidades a ajudarem na divulgação e captação de participantes. “Colocamos um preço atrativo para as inscrições do ENIC, e é necessário contarmos com a colaboração de todas as entidades associadas para tornar esse evento um sucesso”, destacou.
Ieda Vasconcelos, economista da CBIC, traçou um cenário do momento econômico brasileiro e afirmou que a queda do PIB na construção civil foi menor do que a esperada. “Houve uma queda em todas as bases de comparação do PIB. Os resultados sobre os trabalhadores com carteira assinada também são muito relevantes, com a geração de mais de 40 mil vagas em julho de 2020, recuperando todos os postos perdidos formalmente durante a pandemia”, disse.
A economista apresentou ainda a evolução do custo dos materiais de construção. “O setor sofre consequências com alta de materiais de construção. Mesmo com o volume de vendas de cimento de agosto/2020 totalizando 5,7 milhões de toneladas, alta de 13,9% em relação ao mesmo período em 2019, o aumento dos preços aconteceu”, questionou.
Sobre esse aumento de preço de materiais de construção, uma pesquisa realizada pela CBIC levantou dados de todo o Brasil. A partir dela, a entidade vai produzir um documento pontuando as alegações e defesa do setor, que será entregue para o presidente da república, ministros, deputados e senadores. “A indústria do cimento, aço e PVC é muito forte. Eles são um fornecedor e nós somos milhares. Precisamos continuar o trabalho de divulgar essa prática que prejudica toda cadeia da construção, além de sermos incisivos nas nossas proposições”, explicou Martins.
Vice-presidente do Conselho Jurídico (Conjur), José Carlos Gama falou sobre o Seminário Jurídico, que será realizado ao vivo, por meio de uma plataforma digital, nos dias 6,7 e 8 de outubro de 2020. “A ideia é receber 500 pessoas no seminário online, e para isso os preços são atrativos: R$ 80 para os 3 dias ou R$ 30 por dia, sendo esses valores promocionais até 19 de setembro. Depois, o custo para a programação integral será de R$ 100, lembrando que estudantes tem 50% de desconto”, destacou Gama.
O presidente da CBIC reforçou ainda que os próximos eventos da CBIC vão contar com nomes de peso do governo, como Rogerio Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional e Gustavo Montezano, presidente do BNDES. “Esse diálogo com representantes do Congresso e Executivo é fundamental para defender os interesses do setor e divulgar nosso posicionamento, pois são eles que efetivamente vão tomar as decisões que podem refletir na construção civil”, frisou.