Apesar de refletirem os estragos que a pandemia no novo coronavírus provocou na economia nacional, os números do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta terça-feira (1/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não deixam dúvidas sobre a importância da construção civil para a retomada do País. Enquanto a economia nacional caiu 9,7% no 2º trimestre, a construção civil caiu 5,7%.
“Sentimos os efeitos da crise, assim como todos os outros setores, mas a retração menos intensa em relação ao conjunto da economia demonstra nosso esforço em manter as atividades”, afirma o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.
Os dados do emprego formal mostram que o setor está acelerando o seu processo de recuperação. “Em julho, abrimos quase 42 mil novos postos de trabalho, número suficiente para recompor as perdas do primeiro semestre e ainda gerar resultado positivo”, diz.
Martins ressalta, no entanto, que o mercado informal perdeu um milhão de ocupações no 2º trimestre do ano. “Os números não deixam dúvidas da importância do mercado de trabalho formal para a manutenção do nosso setor. Por isso, estamos tão otimistas com a previsão de um aumento substancial nos lançamentos de imóveis no 2º semestre, pois isso significa mais contratações e mais emprego. É assim que vamos ajudar o Brasil a sair desta crise”.
“A continuidade das atividades do setor, mesmo durante a pandemia, a baixa taxa de juros, o incremento do financiamento imobiliário com recursos da caderneta de poupança e o programa ‘Casa Verde e Amarela’ são alguns dos fatores que alimentam as estimativas mais otimistas para a construção”, reforça a economista do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos.