Dados da Sondagem Indústria da Construção do mês de julho, divulgada nesta segunda-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), indicam a retomada da confiança dos empresários do setor da construção no mês de agosto. O Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção) aumentou 7,7 pontos, alcançando 54 pontos em agosto. “É a quarta alta consecutiva do índice, após as expressivas quedas de março e, sobretudo, abril, resultantes das perspectivas negativas com o início da pandemia da Covid-19”, revela a pesquisa.
Os índices de expectativa vinham se recuperando após a queda de abril, mas, até julho, ainda não tinham superado a linha divisória de 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. Em agosto, com novas altas, todos os índices se afastaram da linha divisória.
Os indicadores de expectativas de compras de insumos e matérias-primas e do número de empregados registraram 52,8 e 52,3 pontos, após crescimento de 3,3 e 2,9 pontos, respectivamente. Os índices de expectativas do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços, por sua vez, alcançaram 54,3 pontos e 53,2 pontos, respectivamente, após avanços de 4,2 e 5,2 pontos em agosto, respectivamente.
No que se refere aos índices de evolução do nível de atividade e do número de empregados, apesar a pandemia, eles apresentaram melhor evolução em julho em relação a junho, superando suas médias históricas. O índice de evolução do nível de atividade alcançou 48,1 pontos em julho, uma alta de 3,8 pontos em relação a junho. Já o índice de evolução do número de empregados passou de 43,4 pontos em junho para 46,8 pontos em julho, aumento de 3,4 pontos.
A pesquisa também indica que a atividade do setor segue em recuperação. A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) teve novo aumento em julho (3%), atingindo 58%. Com a alta, a UCO recupera a maior parte da queda de março e abril e fica 1 pp acima do registrado em julho de 2019 e superior à média para o mês entre 2015 e 2017.
Além disso, a Sondagem revela aumento de 4.7% na disposição de investir por parte dos empresários (39,5 pontos). Com esse aumento, o índice passa ganhar distância de sua média história (34,1 pontos), e se aproxima dos níveis pré-pandemia, quando registrava valores acima dos 40 pontos.