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Concorrência entre bancos facilita a compra da casa própria
 
21.02.2020   CBIC
Notícia - Imprensa
Juros baixos, inflação sob controle e retomada da credibilidade na economia animam as movimentações no mercado imobiliário. Com a taxa Selic em torno de 4,5% ao ano, com previsão de recuo em fevereiro, bancos entram na disputa e apelam para uma oferta de crédito imobiliário competitiva. Os cinco maiores bancos brasileiros – Caixa Econômica, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander – disponibilizam diferentes linhas, que além da redução de juros apresentam estímulos adicionais, como a ampliação do valor do limite de crédito imobiliário.

A Caixa Econômica Federal, por exemplo, oferece dois tipos de contratos para imóveis que se enquadram no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que não incluem o Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O primeiro, com taxas a partir de 6,75% mais Taxa Referencial (TR). O segundo, mais novo, tem juros de 2,95% a 4,95%, mais a variação da inflação do período de vigência.

Ontem (20), a Caixa lançou uma nova linha de crédito imobiliário com taxa pré-fixada. O produto faz parte do movimento iniciado pelo banco em agosto de 2019 para diversificar o crédito imobiliário e reduzir o custo para os tomadores, com o lançamento do empréstimo corrigido pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado na meta oficial de inflação. Em dezembro, o banco cortou os juros do financiamento atrelado à TR e, na semana passada, estendeu a linha indexada ao IPCA às construtoras.

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), as medidas são positivas para a movimentação do setor. “Quem tem a renda muito comprometida vai preferir o crédito corrigido pelo IPCA, que tem prestação menor. Quem está tranquilo pode optar pelo juro fixo, sem soluço futuro”, afirmou Martins ao jornal Valor Econômico, ressaltando que cada tipo de financiamento se destina a um público específico. Para o executivo, a nova linha é “sensacional e um grande avanço para o setor”.

Segundo Martins, o financiamento imobiliário atrelado à inflação, que já corresponde a um terço do crédito imobiliário, oferece um potencial risco ao consumidor, e pondera que com a taxa fixada o risco é de quem financia o bem. Ele lembrou que a fonte de financiamento da linha é o próprio caixa do banco, que disponibilizou somente R$ 10 bilhões para essas operações, enquanto o crédito disponível através da poupança chega a R$ 100 bilhões, e via Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a R$ 60 bilhões.

“É o início de uma entrada (de recursos) quase ilimitada de recursos para crédito imobiliário, o que é muito bom para o setor. Os outros bancos vão ter que correr atrás dessas condições de financiamento”, afirmou ao jornal O Globo.
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