O Índice FipeZap encerrou o último mês de 2019 com estabilidade em relação a novembro. Como resultado, a variação mensal observada no preço médio de venda de imóveis residenciais se manteve abaixo do comportamento esperado do IPCA/IBGE para o mesmo período (+0,98%), segundo expectativa divulgada no Boletim Focus do Banco Central do Brasil.
Individualmente, entre as 16 capitais monitoradas pelo Índice FipeZap, Vitória foi aquela que apresentou a maior elevação no preço médio no último mês de 2019 (+0,59%), seguida por Recife (+0,40%) e Florianópolis (+0,28%). No mesmo período, Fortaleza se destacou com o maior recuo entre as capitais monitoradas (-2,88%), acompanhada pelas quedas registradas no preço de venda de imóveis residenciais em Manaus (-0,94%) e Maceió (-0,87%). Já no âmbito das cidades de maior representatividade no Índice FipeZap, São Paulo apresentou alta nominal de 0,23% nos preços de venda de imóveis residenciais em dezembro, contrastando com o resultado observado no Rio de Janeiro, onde os preços recuaram 0,17%, na média.
Analisando Vitória e Vila Velha com a maioria das demais cidades pesquisadas no mês de dezembro de 2019, nota-se que as cidades capixabas em questão possuem variações positivas, sendo 0,59% para Vitória e 0,58% para Vila Velha; para o acumulado dos 12 meses, as cidades em questão se mantém com variações positivas também, Vitória atingindo +3,57% e Vila Velha com +5,93%.
Financiamento Imobiliário FGTS /POUPANÇA SBPE
Através dos recursos disponibilizados pelo FGTS até outubro de 2019 foram financiadas 440.735 unidades no Brasil totalizando o valor de contratação de R$ 47.302.501.465. Quando comparamos com o mesmo período no ano de 2018, observa-se uma redução aproximada de 0,30% em relação ao número de unidades financiadas; nota-se uma redução pequena, sinalizando uma recuperação da economia. Constata-se também a variação mensal de outubro 2019 em relação a setembro 2019, muito positiva, sendo 24,87% unidades a mais financiadas com recursos do FGTS. E o acumulado para 12 meses no mês analisado o valor de 90,92%. Já com os recursos da poupança, até outubro de 2019 foram financiados 237.361 empreendimentos no país, com o valor total de R$ 62.257.881.591. A variação mensal nas unidades financiadas pelo recurso SBPE foi de 9,08% e acumulada nos 12 meses de 28,61%. Esses valores geram uma boa expectativa para economia.
CUB ES/ CUB BRASIL/INCC
O valor do Cub ES para o mês de dezembro 2019 foi de 1684,21 com variação de 0,08% em relação ao mês anterior, com variação de 5,22% no acumulado de 12 meses. Para efeito de comparação dos dados divulgados até o momento do CUB Brasil e INCC, analisamos o mês de outubro 2019. No acumulado de 2019, o CUB ES obteve 4,85% em outubro, o CUB Brasil 3,47% e o INCC 3,90%. Nas variações dos 12 meses, temos CUB ES com 5,54%, CUB BRASIL 4,04% e INCC 4,18% no mês de outubro 2019.
Índice de Confiança do Empresário Industrial Capixaba
Com um leve recuo de1,4 ponto na passagem de novembro para dezembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do Espírito Santo atingiu 64,1pontos em dezembro de 2019, permanecendo acima dos 60,0pontos e superior à média histórica (54,1pontos). Em relação ao resultado de dezembro de 2018, que foi influenciado pelas expectativas positivas relacionadas a eleição de um novo governo, houve também um leve recuo de1,2 ponto no índice de dezembro de 2019.
O ICEI do Brasil ampliou 1,8 ponto entre novembro e dezembro de 2019 e alcançou 64,3 pontos.O ICEI nacional apresenta trajetória de aumento desde junho de 2019 e o nível de confiança em dezembro de 2019 está 0,5ponto acima do registrado no mesmo mês do ano anterior.
Sondagem Indústria da Construção
A pesquisa Sondagem Industrial de novembro de 2019 mostrou uma melhora no número de empregados na comparação com o mês anterior. O aumento de 3,2 pontos fez com que o este indicador cruzasse a linha dos 50 pontos ao atingir 50,8 pontos. No mês de novembro, houve acúmulo de estoques de produtos finais por parte dos empresários industriais capixabas.
Os industriais apontaram também que, para os próximos seis meses, o número de empregados tenderá a crescer se comparado com o levantamento da pesquisa anterior. O destaque entre os índices de expectativas ficou para a intenção de investimento dos empresários capixabas que atingiu 66,3 pontos, melhor resultado desde o início de 2014.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os dados coletados para o país sugerem uma continuidade na recuperação da indústria percebida em outubro e que os empresários encerram o ano mais otimistas.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas avançou 2,7 pontos em dezembro, para 91,6 pontos, o maior nível desde fevereiro deste ano (96,1 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,7ponto.
“Apesar do aumento da confiança em dezembro, o resultado acumulado do ano foi ligeiramente negativo. Isso significa que apesar da recuperação gradual da economia, a incerteza trouxe um efeito redutor nas expectativas para as famílias brasileiras. O resultado do mês parece ainda influenciado pela liberação do FGTS e a melhora das expectativas com relação à economia e o emprego nos próximos meses. O efeito do FGTS será passageiro, portanto, em 2020, um retorno consistente do otimismo dos consumidores continuará dependendo de uma evolução mais robusta do mercado de trabalho”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens
Emprego
Segundo os dados do Caged, no mês de dezembro 2019 o ES admitiu 1.795 funcionários referente aos cnaes 41, 42 e 43 do setor da construção civil e demitiu 2.714 trabalhadores. Isso gerou um saldo para o mês de -919 empregados, atingindo a variação mensal de – 2,40%. Nos últimos 12 meses o ES apresentou um saldo positivo de 1.260 trabalhadores no mercado. O estoque referente aos cnaes citados da construção civil no ES atingiu 37.371 empregados em dezembro de 2019. Já o Sudeste apresentou variação mensal de -2,81% e anual de + 6,05% com saldo nos 12 últimos meses de 37.511 trabalhadores. E o Brasil, variação mensal de -3,24%, anual de + 7,07%; atingindo o saldo nos últimos 12 meses de 97.514 empregados.
O ES atingiu seu maior estoque de trabalhadores no ano de 2012, obtendo aproximadamente 65.000 empregos formais. Quando comparamos o estoque atual do estado no ano de 2019 com esse período, notamos a redução de 42,51% de trabalhadores empregados no setor, o que demonstra uma queda elevada no nível de atividade da construção civil em virtude da situação econômica que o Brasil vem enfrentando nos últimos 05 anos.
