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Os indicadores de nível de atividade e de emprego na indústria da construção voltaram a cair em setembro, o que confirma a estagnação do setor. O índice de nível de atividade recuou para 45,7 pontos e o de emprego foi para 45,1 pontos em setembro, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada ontem (29), pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos, mostram redução da atividade e do emprego. “O índice de atividade e emprego da Indústria da Construção registraram queda acentuada entre agosto e setembro e são piores também em relação ao mesmo período de 2017, mas os indicadores de satisfação registraram pequena melhora. Entre os problemas citados a “demanda interna insuficiente” figurou como segundo maior, o que é típico de um momento de atividade fraca”, comenta Luís Fernando Mendes, economista da CBIC. De acordo com a pesquisa, a retração do setor em setembro e a cautela dos empresários em outubro são resultados das incertezas em relação ao desfecho das eleições. Com pequenas oscilações em relação a setembro, os indicadores de expectativas para os próximos seis meses se mantiveram, em outubro, próximos da linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. A pesquisa mostra ainda que o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI- Construção) subiu 1,3 ponto e alcançou 52,1 pontos em setembro. Mesmo assim, está abaixo da média histórica, que é de 52,9 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50, mostram que os empresários estão confiantes. OBSTÁCULOS E SITUAÇÃO FINANCEIRA – A elevada carga tributária, com 40,2% das menções, liderou a lista dos principais problemas enfrentados pela indústria da construção no terceiro trimestre. Em seguida, com 34,7% das respostas, aparece a demanda interna insuficiente e, em terceiro lugar, com 27,9% das assinalações, os empresários citaram a burocracia excessiva. Entre os principais obstáculos ao crescimento do setor, aparecem ainda a falta de capital de giro e a inadimplência dos clientes. Os empresários também continuam insatisfeitos com a situação financeira das empresas. O indicador de satisfação com a margem de lucro subiu de 34,4 pontos no segundo trimestre para 36,1 pontos no terceiro trimestre. No mesmo período, o indicador de satisfação com a situação financeira das empresas passou de 39,2 pontos para 40,8 pontos. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo de 50 pontos mostram insatisfação. O índice de facilidade de acesso ao crédito ficou em 32,1 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que persistem as dificuldades de acesso ao crédito. Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 15 de outubro com 569 empresas. Dessas, 196 são pequenas, 248 são médias e 125 são de grande porte.
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