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Indústria 4.0 exige novo profissional da engenharia
 
14.06.2017   
Notícia - Sinduscon
Sabe aquela fábrica com operadores de máquina e produção em série? Seus dias estão contados. Isso é o que promete o mercado de tecnologia com os tipos de negócio da indústria 4.0, um modelo inovador que ganhou força em 2011 na Alemanha e busca modernizar a indústria local. O assunto foi discutido no 2º Seminário de Desenvolvimento das Empresas de Engenharia, realizado nesta terça-feira (13) pelo Crea-ES, no Hotel Comfort Suítes, Praia do Canto, em Vitória.
A nova era conta com mecanismos mais automatizados e controlados por máquinas (robôs), que irão tornar o processo produtivo mais eficiente. Especialistas alegam que essa mudança passa pela convergência entre o mundo digital e a indústria tradicional, e que o Brasil deveria seguir o caminho de empresas dos Estados Unidos, Europa e China. Fábricas inteligentes, computadores de alto desempenho, robótica avançada, treinamento e conhecimento avançado devem marcar essa nova geração que aos poucos ganha espaço.
A sociedade está na era da digitalização, segundo o diretor do Instituto Senai de Inovação em Logística e Manufatura Avançada, Herman Augusto Lepikson. “Tudo que fazíamos de forma tradicional está mudando para novas formas de modelo de negócios. Imagina comprar uma roupa, em que você se coloca em frente ao espelho virtual e já se vê de maneira que, através de um menu, previamente apresentado, possibilita definir o formato e modelo da roupa, já com as suas medidas, feitas pelo espelho virtual e, horas depois, receber o produto em casa. Não foi preciso sair de casa. Isso muda a forma de fazer negócio, a maneira de de construção do produto e a relação com o cliente/fornecedor”, afirma.
Nessa perspectiva, as fábricas inteligentes terão a capacidade e autonomia para agendar manutenções, prever falhas nos processos e se adaptarem aos requisitos e mudanças não planejadas na produção.
A proposta é agregar valor ao produto, segundo Herman. “O cliente poderá colocar no produto o tipo de acessório que o interessa. Estamos falando, por exemplo, de roupas para atletas, como sensores que monitorem os dados que precisam para melhorar seu desempenho. Dessa forma, muda o nível de qualificação, o tipo de trabalho, a forma de relacionamento das empresas com seus clientes e a cadeia de fornecimento”, pondera.
Mercado
Técnicas de realidade aumentada e virtual devem fazer parte da rotina das empresas para acelerar o processo de desenvolvimento de seus produtos e processos de produção. “Imagine um produto e, ainda sem tê-lo, conseguir testá-lo. Em um ambiente virtual, projetar uma fábrica inteira e, além de testá-la, validá-la e quando você ligar a fábrica funcionar. Essa é a tendência! Formatar um produto conforme a necessidade de cada um”, explica.
Segundo o instrutor, a partir de estudos nacionais e internacionais, 35% dos atuais empregos não existiam há 10 anos, já no futuro, 60% de quem hoje é criança estarão em empregos que ainda não existem.
Mesmo com o baixo uso de tecnologias digitais no Brasil, o que afeta a competitividade no país na economia global, os rumos podem mudar. “Como será no Brasil? Vai depender de como as organizações, instituições públicas e privadas vão entender esse processo, que gradualmente está acontecendo”, revela.
Seminário
Especialistas de todo o país compartilharam experiências e informaram os participantes do 2º Seminário de Desenvolvimento das Empresas de Engenharia sobre tecnologias diferenciadas, competitividade, sustentabilidade, parcerias público-privadas e concessões, e em como transformar oportunidades em negócios.
O seminário é uma realização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), com promoção do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer-ES), Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado do Espírito Santo (Sindicopes-ES) e Senai-ES, além de apoio da Ufes, Ifes e Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (CDMEC). Fonte: Crea-ES
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