O painel “Reformas necessárias para o crescimento sustentado do Brasil”, realizado na sexta-feira (25), último dia do 87º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC 2015), foi apresentado pelo senador Walter Pinheiro (PT/BA), pelos deputados Antônio Imbassahy (PSDB/BA) e Carlos Marun (PMDB/MS), e pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. O jornalista Valdo Cruz foi o mediador do debate, que girou em torno da crise política e econômica do país e de medidas para a retomada do crescimento.
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, agradeceu aos parlamentares pela coragem de estarem no evento, representando os três principais partidos políticos brasileiros, e lançou para discussão a proposta da entidade para ajudar o país a sair da crise. “A bala de prata é óbvia: limitar os gastos públicos. Propomos uma lei de iniciativa popular que impeça esses gastos quando o orçamento e as constas públicas registrarem déficit”, explicou. O projeto aperfeiçoa a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Os três parlamentares presentes concordaram com o projeto da CBIC e fizeram suas avaliações sobre o cenário atual do país, destacando algumas medidas urgentes para superar o momento de desequilíbrio e voltar a crescer. Para o deputado federal Carlos Marun, “há muito governo para pouca economia”. Para ele, é necessária a modernização das relações de trabalho e de uma nova lei de licitação.
O senador Walter Pinheiro declarou que o governo federal errou na condução do governo e na ausência para o enfrentamento da crise. Ele ressaltou ser fundamental a realização de ajustes no sistema previdenciário, nas regras do seguro desemprego, na redução da carga tributária, além da importância da interação com o Legislativo. “O governo precisa ouvir e interagir”, comentou.
O deputado federal Antonio Imabassahy chamou a atenção para a fase mais dramática da crise: o desemprego, e criticou a reforma ministerial proposta pela presidenta Dilma. Segundo o parlamentar, o Executivo está pedindo indicações de deputados, mas ele ressalta que são precisos nomes técnicos que possam realizar reformas estruturantes, indispensáveis para a retomada do crescimento do país.