Associados ao Sinduscon-ES que atuam no segmento do mercado imobiliário lotaram o auditório do sindicato na última terça-feira à noite, para uma reunião promovida pelas Comissões da Indústria Imobiliária e de Materiais e Tecnologia.
O encontro serviu para tratar questões sobre as relações de convivência entre os condomínios residenciais e comerciais e as construtoras e incorporadoras. Ficou clara a necessidade de transparência na hora de receber os condomínios para ocupação dos usuários.
“É evidente a precária profissionalização por parte das construtoras na hora de transferir as responsabilidades pela manutenção dos condomínios aos síndicos. Por outro lado, o desgaste nas relações se inicia quando as administrações condominiais não respeitam os prazos de manutenção e ainda fazem mau uso de equipamentos (portas, portões, instalações elétricas, TV a cabo, hidráulicas, equipamentos, pinturas, motores, elevadores, etc) vindo a culminar em litígio entre as partes”, destacou o diretor José Elcio Lorenzon.
Na reunião foi frisada a importância da empresa criar o manual de uso e ocupação do imóvel adquirido, a exemplo dos manuais de automóveis. A sofisticação de algumas incorporadoras chegou ao ponto de instruir o cliente na hora de pendurar um quadro na parede, onde pode furar e qual o tipo de parafuso é o adequado. O cliente recebe amostras para aplicação sobre dray wall ou placas em gesso.
Independentemente do nível de detalhamento, o que importa é cuidar do patrimônio. Um imóvel vale o quanto pagam por ele. Assim, mantê-lo conservado significa preservar a liquidez e ter a chance de fazer um bom negócio.
Tema como a qualidade dos materiais produzidos pelas indústrias e que são empregados na construção civil foi motivo de indignação por parte dos construtores que alegam prejuízos enormes. É o caso das fabricantes de tubos de cobre para água quente utilizado nos prédios. Eles, em sua maioria, não suportam o PH da água e com o tempo se corroem e provocam infiltrações com consequência drásticas. Esse alerta foi dado na reunião e a orientação é de que as empresas formalizem a reclamação junto ao Sinduscon-ES visando a uma ação coletiva para por fim aos prejuízos.